Melhor infraestrutura e agilidade no atendimento também são prioridades. Segundo o Simers, Porto Alegre perdeu 431 leitos do SUS no último ano.
Emergências lotadas, demora no atendimento e falta de estrutura são alguns dos problemas enfrentados por quem depende do Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Sul. Por isso, o Sindicato Médico divulgou nesta segunda-feira (5) os resultados de uma pesquisa que revela quais são as prioridades para os gaúchos quando assunto é saúde.
De acordo com a pesquisa, os principais pedidos são aumento no número de leitos nos hospitais e emergências, melhora na infraestrutura e mais agilidade nos atendimentos. O resultado da votação será transformado em um documento que será entregue aos candidatos à prefeitura de cada uma das cidades.
Esse tipo de problema acaba se agravando já que, no último ano, 36 mil pessoas deixaram de ter plano de saúde no estado. De acordo com levantamento do sindicato, Porto Alegre perdeu 431 leitos pelo SUS nesse mesmo período.
"Nós vemos hoje uma multidão que está atirada nas emergências, no sentido que não tem um leito hospitalar. Muitas vezes, vemos ambulâncias trazendo pacientes graves e nós não temos colocação. Essa questão de leito hospitalar é fundamental em termos de saúde pública na nossa cidade", explica a vice-presidente do Simers, Maria Rita de Assis Brasil.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, entre julho de 2015 e julho deste ano, a diminuição do número de leitos foi de 298 e não 431, como apontou o Simers.
Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), sistema utilizado para gerenciar os leitos do SUS na capital, a diminuição do número de leitos no período de julho de 2015 a julho de 2016 foi de 298, já levando em conta os 151 leitos fechados no Hospital Parque Belém. Alguns leitos são remanejados para locais com maior necessidade, ocasionando o fechamento em um estabelecimento e abertura em outro.
A saúde aparece como a principal preocupação dos eleitores de todas as 26 capitais brasileiras, segundo pesquisas Ibope realizadas nesta semana e na semana passada. Apenas em Porto Alegre a saúde não figura sozinha na primeira colocação. Na capital gaúcha, 37% da população aponta a saúde como a área mais problemática da cidade; já a segurança é citada por 36% – dentro da margem de erro, de 4 pontos.
FONTE: G1.