Agosto Laranja: Mês de conscientização da Esclerose Múltipla

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica, progressiva e autoimune. Isso significa que, as células do nosso corpo atacam o próprio sistema nervoso, como se ele não pertencesse ao nosso organismo provocando lesões cerebrais e medulares.

Embora não se saiba exatamente as causas, estudos indicam que pode haver relações genéticas, o ambiente em que a pessoa vive e até mesmo o vírus como o da monocleose e o da herpes.

Mesmo não sabendo as causas precisamente o grupo de risco é formado por mulheres pois tem mais propensão de desenvolver a EM, com uma de taxa de 3 para 1. Ainda que possa acontecer em qualquer fase da vida, população que costuma a ser mais atingida ter entre 20 a 40 anos. A doença atinge mais as populações europeias, do sul do Canadá, norte dos Estados Unidos, Nova Zelândia e sudeste da Austrália, mesmo não sabendo ainda o porquê.

Formas da Esclerose Múltipla

A EM se manifesta em três formar diferentes:

  1. Esclerose Múltipla Remitente-Recorrente; é a forma mais comum da doença, cerca de 85% dos casos é caracterizada por Surto-Remissão, isto é, os sintomas acontecem refletindo em alguma parte do corpo por um período de tempo, que pode levar dias ou meses e volta ao normal, deixando ou não sequelas aos portadores. Os surtos podem ficar anos sem acontecer, período chamado de remissão.
  2. Esclerose Múltipla Primaria-progressiva: Uma forma mais evoluída, com ou sem remissão fazendo com que os portadores venham perdendo sua capacidade ao longo dos anos a partir do aparecimento da doença.
  3.  Esclerose Múltipla Segundaria-Progressiva: Forma que faz com que os pacientes evoluam de forma remitente- recorrente e piorem lenta e progressiva.

Na etapa inicial os sintomas costumam ser bem sutis e quase sempre desamparem na primeira semana. Devido aos primeiros sintomas serem leves e passageiros muitos pacientes passam anos sem diagnóstico nem tratamento. Os sintomas são diferentes para cada paciente, porém os mais frequentes são os sensitivos motores, seguidos dos visuais (como visão dupla) e tremores.  Entre os sintomas sensitivos o mais frequente é o é a perda sensibilidade de nos membros inferiores ou em todo o corpo. Já os motores incluem fraqueza dificuldade para escrever ou correr. É neste momento que o médico dever ser procurado pela primeira vez.

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Estes sintomas podem variar de acordo com o tempo e evolução da doença, e é por isso que é tão importante que o diagnóstico seja feito o quanto antes.

Quanto mais cedo o tratamento é iniciado maior chance de modificar o curso natural da doença em longo prazo reduzindo o número de surtos clínicos, de lesões e de sequelas neurológicas. Não há tratamentos que curem a doença, mas existem recursos, como medicamentos, fisioterapias, entre outros que ajudam os portadores da doença a se manterem produtivos e confortáveis. A esclerose múltipla não tem cura, porém pode ser controlada e o tratamento se constitui principalmente no manejo de crises, controle de sintomas e em segurar a progressão da doença.

Para as pessoas que são diagnosticadas com EM, e para quem convive com o paciente, receber e aceitar o diagnóstico é um passo importante. A recomendação é buscar informações para ter uma vida com a maior qualidade possível. 

Fonte: Ministério da Saúde, Hospital Albert Einstein, Câmara Municipal de Cambará, Sanofi e  AMAFRESP.

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