Precisamos falar disso! AIDS – HMSM ressalta a importância do cuidado com o vírus

183816503-338x380A Aids é uma doença infecciosa, transmitida por um vírus chamado HIV. Para contrair a doença é preciso estar contaminado com o vírus. O HIV é um vírus que ataca o sistema imunológico, fazendo com que o organismo fique suscetível a doenças oportunistas. Isso porque, quando ele acaba com as células de defesa, a imunidade baixa, levando à manifestação da Aids. Os dados são da Secretária de Estado da Saúde, do Ministério da Saúde e do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).

O Brasil é o país mais populoso da América Latina e também o que mais concentra casos de novas infecções por HIV na região. O país responde por 49% das novas infecções – segundo estimativas mais recentes do UNAIDS -, enquanto o México responde por 13% das novas infecções.

Estimativas sobre HIV e AIDS para o Brasil (2016):

– Em 2016, havia 830.000 [610.000 – 1.100.000] pessoas vivendo com HIV;

– Em 2016, estima-se que tenham ocorrido 48.000 [35.000 – 64.000] novas infecções pelo HIV;

– O número de mortes relacionadas à AIDS no Brasil foi estimada pelo UNAIDS em 14.000 [9.700 – 19.000] em 2016.

– O dado mais recente sobre prevalência de HIV estimada para o Brasil em relatórios do UNAIDS é de 0,4% a 0,7% em pessoas de 15 a 49 anos – em 2014.

O Brasil foi um dos primeiros países, dentre os de baixa e média renda a fornecer tratamento gratuito para pessoas que viviam com AIDS – em 1996 pelo Serviço Único de Saúde (SUS). Enquanto isso, a maioria desses países aguardava financiamento internacional para suas respostas.

O Brasil adotou em 2013 novas estratégias para frear a epidemia de AIDS, oferecendo tratamento a todas as pessoas vivendo com HIV, independentemente de seu estado imunológico (contagem de CD4). Além disso, o país vem simplificando e descentralizando o tratamento antirretroviral; aumentando a cobertura de testagem para HIV em populações-chave, entre outras iniciativas.

O Brasil hoje tem uma das maiores coberturas de tratamento antirretroviral (TARV) entre os países de baixa e média renda, com mais da metade (64%) das pessoas vivendo com HIV recebendo TARV – segundo os dados mais atuais do Ministério da Saúde –, enquanto a média global em 2016 foi de 53% – segundo dados compilados pelo UNAIDS.

No país, as metas de tratamento estabelecidas pelo UNAIDS são as seguintes: tratamento 90-90-90 – que até 2020: 90% das pessoas vivendo com HIV estejam diagnosticadas; destas, que 90% estejam em tratamento; e que, das pessoas em tratamento, 90% apresentem carga viral indetectável. Essas metas fazem parte da estratégia de Aceleração da Resposta para o fim da epidemia de AIDS como ameaça à saúde pública até 2030. Em relação ao total de pessoas estimadas vivendo com HIV, segundo o Ministério da Saúde, 87% estão diagnosticadas, 55% do total estão em tratamento e 50% de todas as pessoas estimadas vivendo com HIV estão com carga viral suprimida.

Transmissão do HIV de mãe para filho (transmissão vertical)

No Brasil, a taxa de detecção de AIDS em menores de cinco anos tem sido utilizada como indicador proxy para monitoramento da transmissão vertical do HIV. Nos últimos seis anos, houve uma queda de 36% nos casos de HIV/aids em menores de 5, o que indica diminuição na transmissão da mãe para o filho.

Epidemia entre jovens

De acordo com dados do último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, o crescimento de AIDS na juventude (15 a 24 anos) continua sendo uma preocupação importante e as ações nesse segmento tem de ser intensificadas. De 2006 a 2015 a taxa de detecção de casos de AIDS entre jovens do sexo masculino com 15 a 19 anos quase que triplicou (de 2,4 para 6,9 casos por 100 mil habitantes) e entre os jovens de 20 a 24 anos, a taxa mais do que dobrou (de 15,9 para 33,1 casos por 100 mil habitantes).

Epidemia entre populações-chave

Algumas populações são mais afetadas que outras. Enquanto as estimativas mostram que 0,39% da população geral esteja vivendo com HIV no Brasil – dado referente ao Boletim Epidemiológico de HIV/AIDS de 2015 -, entre homens gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH), essa prevalência cresce para 10,5% – segundo os últimos dados reportados pelo Brasil. Ainda segundo dados do Boletim Epidemiológico de HIV/AIDS de 2016, existe uma tendência de aumento na proporção de casos de AIDS em homens que fazem sexo com homens (HSH) nos últimos dez anos, a qual passou de 35,3% em 2006 para 45,4% em 2015. Outras populações afetadas no Brasil são as pessoas que usam drogas e profissionais do sexo.

Epidemia entre mulheres

A redução gradual no número de casos entre mulheres e o aumento do número de casos entre homens refletiu-se na razão entre os sexos para os casos de AIDS no Brasil. Em 2006, para cada 1 caso em mulher, havia 1,2 casos em homem. Em 2015 essa razão é de 1 caso em mulher para cada 3 casos em homens.

Aids no mundo

– Número de pessoas vivendo com HIV:

Total: 36.7 milhões

Adultos: 34.5 milhões

Mulheres (+15 anos): 17.8 milhões

Crianças (-15 anos): 2.1 milhões

 

– Número de novas infecções por HIV em 2016:

Total: 1.8 milhão

Adultos: 1.7 milhão

Crianças (-15 anos): 160.000

– Mortes relacionadas a Aids em 2016:

Total: 1.0 milhão

Adultos: 890.000

Crianças (-15 anos): 120.000

O relatório do UNAIDS mostra que, pela primeira vez, o jogo virou: mais da metade de todas as pessoas que vivem com HIV no mundo (53%) agora têm acesso ao tratamento do HIV. Além disso, as mortes relacionadas à AIDS caíram quase pela metade desde 2005.

Globalmente, o acesso a medicamentos contra o HIV para prevenir a transmissão do vírus de mãe para filho aumentou para 76% em 2016 (acima dos 47% registrados em 2010). Como resultado, as novas infecções por HIV entre crianças diminuíram 47% desde 2010.

Apesar das taxas de informação sobre o HIV terem aumentado, apenas 36% de homens jovens e 30% de mulheres jovens (entre 15-24 anos) tinha um conhecimento abrangente e correto sobre como prevenir o HIV nos 37 países com dados disponíveis para o período de 2011 e 2016. Das 4.500 novas infecções por HIV em adultos em 2016, 35% ocorreram entre jovens de 15 a 24 anos. Desde 2010, as novas infecções entre mulheres jovens em todo o mundo (de 15 a 24 anos) diminuíram 17%, chegando a 360.000 [210.000-470.000] em 2016.

Apesar de 51% das pessoas vivendo com HIV em todo o mundo serem mulheres, a maior cobertura de tratamento e uma melhor adesão entre as mulheres impulsionaram declínios mais rápidos nas mortes relacionadas à AIDS entre as mulheres: as mortes por doenças relacionadas à AIDS foram 27% menores entre as mulheres e meninas em 2016 do que entre homens e meninos.

SINTOMAS, PREVENÇÃO E TRANSMISSÃO 

Sintomas

Febre, aparecimento de gânglios, crescimento do baço e do fígado, alterações elétricas do coração e/ou inflamação das meninges nos casos graves. Na fase aguda, os sintomas duram de três a oito semanas. Na crônica, os sintomas estão relacionados a distúrbios no coração e/ou no esôfago e no intestino. Cerca de 70% dos portadores permanece de duas a três décadas na chamada forma assintomática ou indeterminada da doença.

Transmissão

Somente em secreções como sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno, o vírus aparece em quantidade suficiente para causar a moléstia. Para haver a transmissão, o líquido contaminado de uma pessoa tem que penetrar no organismo de outra. Isto se dá através de relação sexual, ao se compartilhar seringas, em acidentes com agulhas e objetos cortantes infectados, na transfusão de sangue contaminado, na transmissão vertical da mãe infectada para o feto durante a gestação ou o trabalho de parto e durante a amamentação.

Prevenção

A principal maneira de se prevenir é usando preservativo durante as relações sexuais. Outras maneiras são a utilização de seringas e agulhas descartáveis e o uso de luvas para manipular feridas e líquidos corporais, bem como testar previamente sangue e hemoderivados para transfusão. Além disso, as mães infectadas pelo vírus (HIV-positivas) devem usar antirretrovirais durante a gestação para prevenir a transmissão vertical e evitar amamentar seus filhos.

 

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