Depois do outubro rosa e do novembro Azul, continuamos mobilizando ações em prol da saúde coletiva. Chegou a hora do dezembro laranja, mês alusivo ao combate do câncer de pele.
O Câncer de pele (CA) é o mais comum no Brasil e no mundo, ele representa quase 30% de todos os tipos de doenças. O Instituto Nacional do (INCA) estima que 185.380 novos casos de câncer de pele meloma e não meloma no Brasil por ano triênio 2020/2022, sendo 87.970 em homens e 97.410 em mulheres.
O CA de pele uma doença que ocorre devido ao crescimento anormal e descontrolado das células que constitui a pele, cuja tipologia pode variar de acordo com a camada e célula afetada. Os mais comuns são o carcinoma basocelular, o carcinoma epidermóide e os melomas. O carcinoma basocelular e o carcinoma epidermóide são intitulados como câncer de pele não meloma, sendo o tipo mais frequente na população. Já o meloma é menos frequente e mais agressivo.
Quais são os principais fatores de risco para desenvolver o câncer de pele?
– Histórico familiar;
-Pessoas de pele e olhos claros, com cabelos loiros ou ruivos;
– Pessoas que trabalham frequentemente expostas ao sol sem proteção adequada;
– Exposição prolongada e repetida ao sol na infância e adolescência;
Sendo mais comum em pessoas acima dos 40 anos e raro em criança, negros, com exceção daqueles já portadores de doenças cutâneas.
O Sol é fundamental para a saúde, porém é preciso ter cuidado com o excesso.
Prevenção CP
-Evitar exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h;
-Procurar lugares com sombra;
-Usar proteção adequada, como roupas, bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas;
-Aplicar na pele, antes de se expor ao sol, filtro (protetor) solar, com fator de proteção 15, no mínimo.
-Usar filtro solar próprio para os lábios;
Usar filtro solar apenas uma vez durante todo o dia não protege durante longos períodos. É necessário reaplica-lo a cada duas horas, durante a exposição solar. Mesmo com filtros solares “a prova da água” deve ser reaplicado.
Tipos de Câncer de Pele:
Carcinoma Basocelular (CBC); é o que mais prevalece dente de todos os tipos. Manifesta-se nas camadas superiores da pele e tem baixa letalidade e caracteriza-se por uma lesão (ferida ou nódulo) e possui evolução lenta.
O Carcinoma Espinocelular (CEC) é o segundo que mais se manifesta atingindo as células da camada superior da pele. Pode surgir por meio de uma ferida ou sobre uma cicatriz, principalmente aquelas decorrentes de queimadura. A maior gravidade do Carcinoma Epidermóide se deve à possibilidade de apresentar metástase (espalhar-se para outros órgãos).
Já o Meloma é o menos frequente entre os tipos de câncer de pele, mas tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Ainda assim, se a doença for diagnosticada precocemente, há até 90% de chances de cura. Essa tipologia de CA tem aparência de uma pinta ou de um sinal da pele, em tons acastanhados ou enegrecidos, podendo mudar de cor e formato. Por essa razão, é importante observar a pele e procurar o dermatologista no mais rápido possível, caso identificada alguma lesão suspeita.
Sintomas;
O Câncer de pele pode apresentar pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Conhecer bem a própria pele e saber em quais áreas existem pintas, faz toda a diferença na detecção de qualquer irregularidade. Apenas um exame clínico feito por médico especializado ou uma biopsia, podem diagnosticar o câncer de pele, mas é importante estar sempre alerta para os seguintes sintomas:
– Lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translucida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
– Pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;
– Mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramentos;
Na sequência apresenta-se a metodologia indicada pelos dermatologistas para reconhecimento das manifestações de três tipos de câncer de pele mais frequentes, conforme a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): Carcinoma Basocelular, Carcinoma Espinocelular e Meloma. Para auxiliar na identificação dos sinais perigosos, bastar seguir regras ABCDE. Ao identificar sinais suspeitos, recomenda-se consulta com médico dermatologista. Nenhum exame ou diagnóstico caseiro substitui a avaliação médica.
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Tratamentos
Todos os casos de câncer devem ser diagnosticados e tratados precocemente, inclusive os de baixa letalidade, visto que estes também podem provocar lesões multilantes ou desfigurantes em áreas expostas do corpo, causando sofrimento aos pacientes. Felizmente há diversas opções de tratamento do Câncer de pele não-meloma. A modalidade escolhida varia conforme o tipo e extensão da doença, mas normalmente, a maior parte dos carcinomas basocelular ou espinocelular pode ser tratado com procedimentos simples. Os procedimentos mais utilizados são: cirurgia excisional, curetagem e eletro dissecção, crio cirurgia, cirurgia a laser, cirurgia micro gráfica de Mohs e Terapia Fotodinâmica.
Fonte: Ministério da saúde; Instituto Nacional do Câncer; Sociedade Brasileira de Dermatologia; e, Instituto Oncoguia.